Ruy Ohtake
Ruy Ohtake (São Paulo, 27 de janeiro de 1938) é um arquiteto e designer de móveis brasileiro. É responsável por mais de trezentos obras realizadas no Brasil e no exterior.
Filho primogênito da artista plástica Tomie Ohtake e do agrônomo Alberto Ohtake, Ruy estudou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU), onde se formou em 1960, no auge da discussão arquitetônica paulista. Foi Professor da Faculdade de Arquitetura Mackenzie, da Fundação Armando Álvares Penteado e da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Santos.
Ruy Ohtake foi casado com a atriz Célia Helena, falecida em 1997, com a qual teve sua primeira filha, Elisa, atriz. Depois, se casou com a arquiteta Sílvia Vaz e teve seu segundo filho, Rodrigo, também arquiteto.
No ano de 1999, Ohtake foi convidado para fazer parte do 20.º Congresso da União Internacional de Arquitetos, em Pequim, ao lado de Jean Nouvel e Tadao Ando. De acordo com Oscar Niemeyer, Ohtake é um dos mais legítimos representantes da arquitetura brasileira.
Em Junho de 2012 Ohtake recebeu a Medalha de Anchieta e Diploma de Gratidão pela Câmara Municipal de São Paulo, como reconhecimento por toda sua obra na cidade, principalmente os projetos sociais voltados para o bairro de Heliópolis. O destaque é o complexo residencial, que o povo chama carinhosamente de Redondinho. Com 4 andares cada um, os prédios são adaptados para portadores de deficiência e ainda contam com espaços de convivências, lixeiras seletivas e playground.
Ruy Ohtake consegue colocar sua marca em projetos para os mais variados fins: obras públicas, escolas, cinemas, edifícios de apartamentos e de escritórios e residências. E ele tem uma linguagem própria em todas as suas criações arquitetônicas: as curvas. “Na arquitetura, a curva estabelece uma relação muito rica de espaço e de volume. Proporciona, para quem está vendo, um exercício de prolongamento visual e, para quem está dentro, um espaço mais generoso, que não se deixa limitar pela rigidez geométrica”, comenta o artista.
Seus trabalhos integram os valores forjados pelos mestres do Movimento Moderno, através de caminhos sem preconceitos e expressivos, surgidos nas diferentes regiões do país. Em seus desenhos estão presentes as milenares tradições da cultura japonesa, a dinâmica da vanguarda euro-americana e a exuberância criativa da paisagem e da diversificada sociedade brasileira, tudo isso com perfeita integração e visão criativa.
“A arquitetura tem de ser bonita, ter uma dose de arrojo, de ousadia, e assim avançar e contribuir com a cultura brasileira”.
Ruy Ohtake
